Desde 1991, o Sebrae apoia ações de implantação, desenvolvimento e fortalecimento de incubadoras de empresas por meio de treinamento gerencial, participação em feiras, rodas de negócios, programa de qualidade, missões técnicas, entre outros. E, a partir de 1998, o Sebrae participa da elaboração dos editais para implantação de novas incubadoras.

Após a implantação do programa, o Sebrae consolidou-se como referência nacional e internacional no estímulo à criação e ao desenvolvimento de incubadoras de empresas.

Os principais objetivos do Programa Sebrae de Incubadoras são desenvolver a cultura de incubadoras no país, apoiar na criação e consolidação das incubadoras de empresas, fortalecer as parcerias para um maior comprometimento com o programa e criar condições para que as empresas apoiadas pelo programa se tornem competitivas.

Por meio do programa, o Sebrae auxilia a entrada de empresas competitivas em incubadoras. Depois de incubadas, micro e pequenas empresas encontram ambiente propício para crescerem, fortalecendo a tecnologia brasileira e o desenvolvimento sócio-econômico nacional. É que nas incubadoras as empresas têm acesso a serviços que dificilmente encontrariam se já caminhando com as próprias pernas.

Além de espaço físico individualizado para a instalação de escritórios e/ou laboratórios, as incubadoras oferecem sala de reunião, auditórios, área para demonstração dos produtos, secretária e bibliotecas. Mas, sem dúvida, o mais significativo serviço prestado pelas incubadoras são as consultorias gerenciais e tecnológicas.

Nas incubadoras, micro e pequenas empresas recebem consultorias e assessorias em gestão empresarial, gestão tecnológica, comercialização de produtos e serviços, contabilidade, marketing, assistência jurídica, captação de recursos, contratos com financiadores, engenharia de produção e propriedade intelectual, entre outros. Assim, elas se capacitam para entrar de forma competitiva no mercado, transformando-se em potenciais geradoras de emprego e renda.

Estatísticas de incubadoras americanas e européias indicam que a taxa de mortalidade entre empresas que passam pelo processo de incubação é reduzida a 20%, contra 70% de mortalidade entre aquelas empresas nascidas fora do ambiente de incubadora.

No Brasil, estimativas apontam que a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas que passam pelas incubadoras fica reduzida a níveis comparáveis aos europeus e americanos. Já para as nascidas fora do ambiente de incubadora, o Sebrae aponta uma taxa de mortalidade de 80% antes de completarem o primeiro ano de funcionamento.

Além de contribuírem para a solução de dificuldades relativas à capacidade gerencial dos empresários e à incorporação de tecnologia aos produtos e processos da empresa, as incubadoras podem minimizar efeitos de outros problemas. Isso porque maximizam a utilização dos recursos humanos, financeiros e materiais de que dispõem os micro e pequenos empresários, contribuindo para a sobrevivência das empresas que passam pelo processo de incubação.

As incubadoras também estimulam o empreendedorismo e divulgam a possibilidade de se criar um negócio próprio, com chances reais de êxito, como opção à busca de empregos.

Hoje, existem no país três tipos de incubadoras de empresas: as de base tecnológica, as de setores tradicionais e as mistas. As de base tecnológica abrigam empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, nos quais a tecnologia representa alto valor agregado.

Já as incubadoras de empresas de setores tradicionais, mantêm empresas que detém tecnologia largamente difundida e queiram agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços por meio de um incremento em seu nível tecnológico. Devem estar comprometidas com a absorção ou o desenvolvimento de novas tecnologias. As incubadoras de empresas mistas reúnem empresas dos dois tipos citados acima.


• Para aprovação de incubadoras o Sebrae leva em conta critérios como: estudo de viabilidade técnica e financeira; inserção da incubadora em planos de desenvolvimento ou programas setoriais; volume e qualidade das contrapartidas de recursos; existência de instalações físicas; número de empresas a serem incubadas; empresas que a incubadora já colocou no mercado.

• A liberação de verbas é feita através do repasse às representações regionais do Sebrae, que libera de acordo com o orçamento previsto para cada incubadora e realiza o acompanhamento dos projetos.