Conhecido em todo o mundo como venture capital , o têrmo recebe no Brasil a tradução (inadequada a nosso ver) de “capital de risco”.
O capital de oportunidade foi fundamental para o desenvolvimento de empresas como Microsoft, Compaq, Sun e Federal Express, apenas para citar alguns exemplos bem-sucedidos. No Brasil, começa a ajustar seu foco para as pequenas e médias empresas emergentes de base tecnológica, com capacidade de desenvolver produtos e processos inovadores e com grande potencial de crescimento no mercado.
Dessa forma, representa alternativa para pequenas empresas de tecnologia, cujo desenvolvimento pode ser comprometido pelo custo do dinheiro no mercado nacional ou mesmo pela dificuldade de obtenção de recursos financeiros no setor bancário, dadas as exigências de garantias como imóveis e avais, entre outras, que, na maior parte das vezes, essas empresas não têm como atender.
O capital de oportunidade pode viabilizar o desenvolvimento de novos produtos de forma a que eles se traduzam, efetivamente, em resultados comerciais. A garantia do investimento, neste caso, é a boa idéia ou o bom projeto, e um sólido plano de negócios. O investidor ou fundos de investimentos participam do empreendimento por meio de aquisições de ações ou da compra de parte da empresa emergente. Essa participação geralmente chega a 40% do capital total, o que permite ao capitalista opinar e participar formalmente, por exemplo, do conselho diretivo da empresa.
O capital de oportunidade é, a rigor, um financiamento de longo prazo, de dois a dez anos, geralmente recuperado após o desenvolvimento da empresa, por meio de oferta de ações no mercado ou da venda total ou parcial do empreendimento.